segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ATITUDE PELO MUNDO I - AME A SI MESMO E AO PRÓXIMO DA MESMA FORMA

De que adianta amar ao próximo como a si mesmo se você não se ama? Se você não se ama, não há porque cuidar do mundo, querê-lo melhor! Quem não se ama não quer o melhor pra si, nem para os outros, nem para tudo que o cerca.

Um provérbio chinez diz: “antes de mudar o mundo, dê três voltas ao redor da sua casa”. Mas eu e um punhado de pessoas prefeririam dizer: antes de mudar o mundo, dê três voltas dentro de si mesmo. Só depois olhe a sua casa e a sua volta.

Se o ser humano é natureza e sociedade e são estes os cernes de nossa preocupação em mudar este mundo, logo precisamos que o homem se ame e cuide de seus males para transformar este mundo num lugar melhor. Quando o homem e a mulher souberem se amar, então amar ao próximo e cuidar dos outros tornará uma tarefa fácil, aceitável e, certamente, necessária!

Não estou falando aqui de nenhuma conduta religiosa ou mística! Longe disso... Estou falando de uma praxis social imprescindível: se o ser humano quase que imediatamente à sua condição de ser natural transformou-se num ser social por suas limitações e fragilidades orgânicas, precisamos cuidar uns dos outros para que esta sociedade seja a mais harmoniosa possível, trazendo melhorias para todos e para si! É um ciclo! Alguém que seja subjulgado ou mal-cuidado neste ciclo, descuida ou maltrata outrém.


É assim que o caos se instaura numa briga entre irmãos, amigos, família, vizinhos, duas torcidas, duas cidades, dois países, uma guerra e, por fim, uma catástrofe como a destruição de Hiroshima e Nagasaki.. Fazer guerra e ufanismo não tem nada a ver com amor próprio ou à patria! É egocentrismo, etnocentrismo... às vezes insanidade fundamentalista!

Desde quando se atirar com um avião como os Kamikase, explodir-se com dinamites como os homens-bombas ou ir para a morte e para a carneficina como milhares de históricos soldados americanos é algo próximo do sentido do amor a algo ou alguém?!!!

O amor próprio busca o cuidar de si mesmo para sentir-se bem, enquanto esses outros sentimentos buscam atacar ao próximo para sentir-se melhor!

É clichê, mesmo, refletir sobre isso e fazer essa pergunta, mas aí vai ela: você ama alguém mais que você? Seja sincero!

Até parece que nunca leu ou ouviu aquele famoso aviso de avião: “em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão sobre suas cabeças. Coloque primeiramente a sua para só depois ajudar crianças ou pessoas com dificuldades”.

4 comentários:

  1. Amar-se é um pressuposto básico para a harmonia psíquica do indíviduo. Quem se ama, consegue se relacionar bem consigo e com os outros. Mas não o amor egoísta - que, na verdade, nem é amor. O amor verdadeiro é sempre transcendente, à medida que extrapola os limites do indivíduo e alcança o outro. Quando há amor, portanto, há preocupação, há altruísmo, o que não quer dizer "pegajosidade", aprisionamento do outro ou paternalismo. O amor verdadeiro é, de per si, libertador. Quem ama, sente-se livre e quer ver os outros livres. Os grandes mestres espirituais da humanidade o provam, como também os grandes líderes ambientalistas, sindicalistas, mães e pais que na labuta do cotidiano são capazes de quase tudo em nome do amor pelos filhos. Toda forma de fundamentalismo e opressão é, na verdade, deturpação do verdadeiro sentido do amor. E ai daqueles que impedem o amor! Se há um juízo no fim de nossas vidas, é pelo amor que distribuímos que seremos julgados, já dizia o grande místico espanhol Juan de la Cruz: "En la noche de nuestra vida, seremos juzgados de acuerdo con Amor." O amor é um princípio ético universal. Daquele que ama de verdade, só pode vir o bem.

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  2. É com esse princípio ético universal chamado amor que recebo sua visita e seu comentário tecido com a sofisticação e primazia filosófica, meu querido amigo! Concordo plenamente que o amor é um pressuposto básico para harmonia psíquica do indivídio... Penso que os estranhos e muitos dos psicóticos que conhecemos assim o são por não terem boas experiências no amar e não amam por assim serem, numa relação cíclica, infeliz e desarmônica! Espero encontrá-lo outras vezes neste espaço de transformação do nosso mundo! Um grande abraço!

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  3. Temos que aprender a conhecer a nós mesmos, pois só assim poderemos entender nossas imperfeições, para podermos aprender a respeitar as imperfeições dos outros e, quem sabe em um futuro próximo, além de respeitar os outros, aprendermos a amá-los. Este pensamento (mais que isso um convite), serve também em relação ao nosso Planeta, tão mal tratado por nossa falta de cuidado com ele.

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  4. Sabia que receberia boas contribuições do alto de sua sensibilidade e experiência! Então, que fique a mensagem: que aprendamos a respeitar nossas imperfeições, grande Niwerton!

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