terça-feira, 27 de setembro de 2011

COMUNICAR-SE É PRECISO!

Fazia tempo que não aparecia por aqui... Estava com tantas saudades! O tempo é tão curto e cruel diante das escolhas que temos que fazer em meio às inúmeras prioridades e responsabilidades da vida.

Espero, de verdade, que ainda haja alguém por aí para me ouvir... É o que eu quero com este texto - falar, ouvir, falar, ouvir, falar, ouvir... como numa dízima periódica comunicacional. Quero falar de comunicação, falar da vida.

Posso até estar sendo repetitivo por já ter abordado a questão da comunicação na postagem inicial deste blogue. Mas hoje quero ser mais específico; quero falar da comunicação mais comunicação de todas, a primária, sem aparatos midiáticos, a comunicação interpessoal.

Essa comunicação é, na minha opinião, a mais comunicação de todas porque é a melhor forma de exercitar a já falada troca de objetos de consciência transformados em objetos comuns. É diálogo. É dialética. É o vai-e-vem comunicacional.



Nada melhor que olhar no olho de alguém e dizer o que pensa, o que sente, ver como isso modifica o outro, ver como ele replica, e você treplica, e a pessoa quadriplica, e você quintuplica, e assim vocês, nós... cada um nos transformamos. Tem coisa mais simbólica? Tem coisa mais linda?!

Tudo bem... Eu sou um apaixonado pela comunicação e acabo exagerando mesmo. Mas acredito na comunicação como o principal meio para a convivência coletiva harmônica. E isso é lindo! Isso é, no mínimo, respeito e paz!

Afinal, vivemos em sociedade, interdependemo-nos uns dos outros (desculpem-me o pleonasmo, mas preferi enfatizar para não deixar dúvida). Logo, precisamos encontrar meios para que essa dependência/convivência seja a mais harmônica possível pautada em princípios sociais, comuns e éticos - em seu sentido laico.

E isso pode ser alcançado com mais facilidade se respeitarmos uns aos outros. Desejar isso, mesmo não sendo o utópico e gracioso amor ao próximo, ainda assim é utópico em nossa sociedade capitalista e, por vezes, individualista. Por isso, acredito no poder da comunicação clara, respeitosa e sem subterfúgios políticos como mediadora e até construtora de uma convivência coletiva harmônica.

As pessoas precisam estar melhor preparadas para olhar nos olhos de um colega de trabalho, de um familiar, de um amigo e dizer o que está sentindo, o que não está gostando, o que não está sentindo... mesmo que seja para brigar, colocar para fora.

Esse simples ato, que aqui chamo de transparência ética comunicacional, é capaz de evitar tantos enganos, tantas especulações falaciosas, intrigas, rancores, mágoas, suspeitas... tantos ruídos e entraves no processo de criação e manutenção dos vínculos sociais.

Acredito que um dos grandes problemas sociais da atualidade é a contracomunicação ou a ausência de comunicação. Pais que ainda não se comunicam bem com seus filhos em virtude de uma tradicionalista e arcaica hierarquia resistente. E assim seguem os chefes e os trabalhadores; os professores e alunos; amigos e amigos; povo e políticos - estes são campeões em obscurecer seus discursos e enunciados. Muitas guerras e "guerras" poderiam ser evitadas com uma simples e complexa (e paradoxal) comunicação.

Para a metafísica, nas palavras de Savietto e Rabelo, "a vida é um processo constante de relacionamentos". Logo, para viver, comunicar-se é preciso!

O silêncio é útil para pensar ou fazer pensar. A comunicação é necessária para viver!

4 comentários:

  1. A comunicação, o diálogo, o falar e escutar são a base de uma sociedade civilizada. É ela que define o verdadeiro SER humano.

    Muito bom o texto Victor!

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  2. Rafa, obrigado pela presença constante por aqui! Bom contar com suas contribuições! E vamos que vamos, galera: comuniquemo-nos!!!

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  3. Muito lindo primo...Adoro tudo que vc escreve...Fã número 1!!

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  4. Dani, por que você é tão carinhosa assim, hein?! Vou ficar mal acostumado! Adoro você e suas palavras, sempre regadas de tanto amor!!! Beijão!

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